INSPIRAÇÕES
Jorginho do Pandeiro
José da Silva, mais conhecido como Jorginho do Pandeiro, foi um dos maiores pandeiristas do Brasil de toda a história da música popular brasileira. Criou uma maneira única de tocar e mudou definitivamente os rumos do pandeiro dentro do universo do choro. Também produziu discos de artistas como Silvio Cladas, Clara Nunes e Elizeth Cardoso, entre outros. Jorginho morreu em 6 de julho de 2017, aos 86 anos vítima de complicação de uma infecção urinária. Ele integrou o time de músicos das rádios Nacional e Mayrink Veiga e ao longo de sua carreira fez parcerias que entraram para história da música brasileira. No currículo, Chico Buarque, Beth Carvalho, Luiz Gonzaga, Paulinho da Viola. Em meio a tantos nomes, um marcou a carreira dele pra sempre: Jacob do Bandolim. Os dois fizeram parte do lendário conjunto Época de Ouro. O grupo continuou, mesmo depois da morte de Jacob do Bandolim, em 1969. Jorginho do Pandeiro também integrou o Regional do Canhoto, considerado um dos melhores regionais de todos os tempos
Jackson do Pandeiro
Jackson nasceu em 31 de agosto de 1919, no Engenho Tanques, com o nome de José Gomes da Silva. Ele era filho de uma cantadora de côco, Flora Mourão e de um oleiro, José Gomes. Teve uma infância muito pobre e nunca frequentou uma escola. Através da mãe, Jackson começou a tomar gosto pelo ritmo como tocador de zabumba e após a morte do pai, no início dos anos 30, a família se mudou para Campina Grande. Em Campina Grande, foram acolhidos pelo pai de João Galdino, Manuel. Jackson trabalhou como engraxate e ajudante de padaria. Para complementar a renda, arranjava diversos serviços extras como pintor, varredor de ruas, telhadista e etc. Jackson foi dono de uma das vozes mais sincopadas e afinadas que o Brasil já teve. Sua precisão rítmica e seu balanço tocando pandeiro são inconfundíveis e sua batida sambada no meio dos grupos de forró criou uma grande marca no gênero. Dentro do forró Jackson sem dúvidas foi o maior de todos.
Marcos Suzano
Marcos Suzano foi responsável por uma reviravolta na forma de tocar o pandeiro. Depois de aprender a maneira tradicional de executar o instrumento, Suzano repensou alguns caminhos e criou uma maneira única de tocar. Invertendo o começo da batida ele alcançou uma infinidade de possibilidades sonoras para levar o pandeiro a outro patamar, antes quase nunca alcançado. Dessa maneira introduziu as batidas mais modernas dentro de um instrumento que até então era utilizado apenas em formações regionais dentro da cultura popular brasileira. Suzano praticamente criou uma escola e consequentemente surgiram diversos seguidores de sua técnica. Formou uma legião de pandeirista e foi referência para qualquer pandeirista que começou a tocar pandeiro depois da década de 80. Sem dúvidas um dos maiores pandeiristas que temos no planeta. Gravou e tocou com os maiores nomes da música brasileira e hoje nos da a honra de continuar produzindo, ensinando, inspirando e dando continuidade ao seu legado com muita disposição, generosidade e genialidade!